Belo Horizonte, cidade visitada pelos santos
Elzemar Júnior Para Eduardo BH É ASSIM
Em cada canto de BH, um sinal do céu: de João Paulo II ao novo Papa Leão XIV, passando por Padre Eustáquio, Irmã Benigna e Santa Teresinha, a capital mineira carrega histórias santas que poucos conhecem.
Belo Horizonte é uma cidade que parece pequena demais para caber tanto milagre, tanta fé e tanta gente teimando em amar, mesmo quando o mundo gira torto. A gente anda por essas ruas com cara de normal, mas mal sabe o tanto de chão que já foi pisado por santos — vivos, mortos ou quase canonizados.
Minha devoção por Nossa Senhora de Fátima começou cedo, mas fui percebendo, com o tempo, que não era só ela que rondava minha cidade. Tem coisa grande por aqui, e não estou falando só de procissão e quermesse. Estou falando de presença real de santos, de gente que trouxe o céu pra perto da gente.
O primeiro que me vem à cabeça é São João Paulo II, que esteve aqui em 1980. Sim, um Papa santo pisou na Gameleira, celebrou missa, e deixou BH mais perto de Roma naquele dia. O mesmo homem que desafiou regimes e beijava o chão de cada país que visitava, um dia respirou o ar de Minas. E nós respiramos junto com ele.
Depois, vem Padre Eustáquio, o beato. Chegou por aqui em 1942, cuidando dos doentes, dos pobres, dos esquecidos. Foi beatificado no Mineirão, em 2006. Mas o mais curioso é que se você olha pra uma foto dele, de qualquer ângulo, parece que ele está olhando de volta. Já reparou?
Tem também Irmã Benigna, a Venerável. Viveu e serviu em BH, com o coração entregue aos pobres e aos que sofrem. Eu, inclusive, tenho uma relíquia dela, e já contei no podcast Café com Tretas como conheci essa santa mineira. Foi um desses encontros que só a fé explica. Pode conferir lá.
Até as relíquias de Santa Teresinha deram o ar da graça por aqui. Quem estava presente sentiu. A cidade muda de frequência quando uma presença santa visita. Fica mais leve, mais atenta, mais devota.
E agora temos o novo Papa, Leão XIV, que antes de vestir branco, já andava por essas bandas. Quando era só o cardeal Robert Prevost, passou por BH, participou de eventos no Colégio Santo Agostinho e visitou paróquias da região. E veja só: hoje, o homem que guia a Igreja conhece o gosto da comida mineira e a alma do nosso povo. Foto dele abaixo tomando uma cervejinhinha hehehe
Tudo isso me faz pensar: Belo Horizonte pode não ser a cidade mais rica, mais moderna, nem a mais santa. Mas é uma cidade visitada por quem importa. E se os santos vêm até aqui, é porque Deus anda olhando por nós.
Talvez nem todo mundo perceba. Talvez a fé tenha se escondido atrás do concreto, dos aplicativos e do barulho. Mas eu vejo sinais. E escrevo pra lembrar: tem santo que passou por aqui — e tem outros que ainda estão.
Elzemar junior gênio